5 VERDADES QUE DEVEMOS ACEITAR PARA SERMOS MAIS FELIZES


Há um ano, eu escrevi o meu primeiro texto que ficou “famoso”: 5 mentiras que devemos parar de contar para nós mesmos.
Ele foi compartilhado milhares de vezes, várias delas sem o devido crédito, e publicado em grandes sites como Brasil Post e Portal Administradores.
Aliás, o dia em que recebi um email do Brasil Post pedindo permissão eu quase não acreditei que fosse verdade. GENTE! Não é que as pessoas leem mesmo o que eu escrevo? Que medo!
A parte boa desse texto ter ganho essa proporção é que até hoje eu recebo emails e mensagens de pessoas me agradecendo e contando que ele as ajudou a enxergar que estavam se enganando sobre muitas coisas e, para mim, isso é o que vale!
Muito tempo e pesquisas depois, eu me peguei pensando que, se aquelas eram algumas mentiras que devíamos evitar, quais seriam as verdades inexoráveis que não podemos evitar?
Elas são várias, mas para fazer um par bonito com o outro artigo eu decidi escolher as 5 que eu considero mais importantes:

1. Você começa a morrer no dia que nasce.

Uma coisa que eu me intriga é a dificuldade que a gente tem de aceitar ou até mesmo falar sobre a morte. Na minha família, sempre que se toca no assunto as pessoas falam “Ai credo, vira essa boca pra lá”, como se pudéssemos evitar que aconteça se não falarmos sobre isso.
Muito disso é cultural. Em Bali, por exemplo, eles tratam a morte como uma passagem natural para a próxima vida. Não se lamenta ou chora e há uma cerimônia de cremação que é basicamente uma celebração, uma preparação para a reencarnação. Não é vista como algo triste, é apenas uma etapa da vida.
A única certeza que temos quando nascemos é a de que vamos morrer. Por que é tão difícil aceitar esse fato? Eu imagino que seja porque também é a única coisa a qual não temos controle e não podemos evitar.
Existe um nome científico para isso: terror management theory (TMT) ou, em português, teoria de gestão do terror.
Por muito tempo, acreditava-se que falar em morte deixava as pessoas deprimidas, mas estudos nessa área mostram que ter consciência sobre o fato de que vamos morrer pode, na verdade, nos motivar a melhorar nossa saúde física, priorizar nossos objetivos e mudar nossos valores.
Quando temos dificuldade de aceitar que pessoas próximas e nós mesmos vamos morrer, acabamos vivendo como se a vida nunca fosse acabar. Isso faz com que nosso tempo precioso seja desperdiçado com coisas que não são importantes ou a presença daqueles que amamos não seja devidamente apreciada.
Cada dia é menos um dia de vida e todos eles podem e devem ser especiais de alguma forma. Eu aposto que se você procurar, vai ter um motivo para agradecer e ser feliz diariamente. Lembra dos #100diasfelizescomavida? É isso!

2. Você é responsável por tudo o que acontece na sua vida.

Sim, é isso mesmo. Nós somos os únicos responsáveis pelo que acontece na nossa vida. seja para o bem ou para o mal.
Sabe por que é tão difícil para algumas pessoas entenderem isso?
Porque elas criam expectativas sobre coisas e não alinham isso às suas atitudes. Quando as coisas não acontecem do jeito que elas esperavam, elas começam a procurar um culpado, apelam para a falta de sorte ou se colocam num papel de vítima tirando de si mesmas a responsabilidade pelos acontecimentos.
Não é fácil assumir responsabilidades e, muitas vezes, a gente não consegue entender porque aquilo está acontecendo com a gente. Só que tudo tem a nossa participação de alguma forma ou em algum momento.
E nos casos que não podemos controlar? Também somos responsáveis pela forma com que reagimos a esses acontecimentos.
Por exemplo: seu chefe é um mala e pega muito no seu pé. Você já parou para pensar em que situações ele é mais chato? Faz um teste. Comece a anotar todas as vezes em que ele teve um piti. Qual era o problema? Você poderia ter feito algo diferente? Você tem certeza de que fez o seu melhor?
Quando você assume o controle e tem clareza sobre a situação, fica mais fácil tomar uma atitude. Se ele reclamou sobre seu último trabalho, você fez melhor no próximo e ainda assim ele continuou reclamando, você vai ter informação suficiente para dizer onde você melhorou e que gostaria de saber como poderia melhorar ainda mais com a ajuda dele. Mesmo assim ele continua sendo chato? Talvez seja a hora de procurar um novo emprego.
Assumir responsabilidades requer uma boa dose de vulnerabilidade e de expor fraquezas, mas ao contrário do que possa parecer, isso te fará muito mais confiante e é essa confiança que vai te ajudar a assumir ainda mais responsabilidades.

3. Você vai falhar muitas vezes.

Eu sou extremamente perfeccionista. Não aquele perfeccionismo de entrevista de emprego que a gente fala que é defeito para o outro achar que é qualidade, sabe?
Meu perfeccionismo é um problema. Ele me paralisa, me faz perder (muitas) noites de sono, me faz ser excessivamente crítica comigo e com os outros (principalmente aqueles com quem eu me importo) e até ter crises de ansiedade.
Por anos, eu não me permitia falhar. Eu tinha que tirar 10 em todas as provas, eu tinha que passar no vestibular entre os primeiros colocados, eu tinha que fazer tudo certo no trabalho para ser o destaque do ano.
Quando eu falhava, porque é óbvio que eu falhava, aconteciam duas coisas: eu ficava me sentindo um lixo 100% das vezes e tentava arrumar alguma desculpa para a minha falha, uma desculpa para mim mesma, para tentar me sentir melhor.
Desde que comecei a pesquisa e essa mudança na minha carreira, eu percebi que falhar é uma das coisas que me faz aprender mais. O medo de falhar é o que nos mantém na zona de conforto, é o que nos impede de evoluir. Nossos erros nos ensinam muito mais do que os acertos. Quando enxergamos isso e tentamos entender o motivo pelo qual falhamos, isso nos faz ser melhores.
Hoje, eu enxergo as falhas como uma parte fundamental do processo, uma espécie de rascunho, de treino. Eu ainda me sinto mal quando falho? Com certeza, mas não me culpo mais, pois entendi que isso faz parte da vida e não algo que eu possa evitar se for “perfeita”, como eu achava antes.

4. Tudo tem um lado negativo.

Eu tive a sorte de ter sido magrela por um bom tempo, mesmo comendo como um dragão. Era a famosa magra de ruim. Só que a idade chega, o metabolismo muda e de uns 5 anos para cá, se eu comer eu engordo.
No começo era difícil aceitar isso, já que passei a vida inteira comendo tudo o que eu tinha vontade e sendo um palito. Mas, quando comecei a engordar, eu percebi que ser magra me fazia mais feliz do que comer chocolate ou coxinha todos os dias. Comer me proporcionava uma felicidade momentânea, mas o efeito “negativo” era muito maior do que o positivo no longo prazo.
Até as coisas mais legais do mundo tem seu lado bom e ruim. Comer brigadeiro é uma delícia, mas engorda. Viajar pelo mundo é maravilhoso, mas dá saudade. Ter um negócio e ser seu próprio chefe te dá liberdade, mas também traz preocupações. Não tem como evitar.
Por isso, é importante sempre ponderar o lado negativo das nossas decisões e entender que isso é parte integrante do pacote. O que não pode é ficar reclamando ou fingindo que não sabia.
Se você estava ciente dos prós e contras e mesmo assim tomou a decisão, engole o choro e vai! Se não tinha parado para pensar não está conseguindo lidar com a parte ruim, é só mudar de novo. O que não pode é ficar lamentando que antes podia comer chocolate e não engordava.

5. Nem todo mundo vai gostar da gente.

Não é fácil aceitar que alguém simplesmente não gosta ou tenha deixado de gostar da gente. Mas, acontece. E acontece muito.
Quando temos uma necessidade muito grande de ser querido por todos e agradar a todo mundo, geralmente não agradamos ninguém, ou pior, muitas vezes acabamos ferindo a nossa relação com quem realmente importa, só para ser legal com pessoas que não merecem.
Não seria mais fácil aceitar que, não importa o quão legal a gente seja, sempre vai existir alguém que não vai com a nossa cara? O problema é que muita gente não sabe lidar com isso.
Também é preciso tomar cuidado para não sair do 8 para 80. Não adianta decidir mudar e sair por aí falando tudo o que tem vontade, usando as pessoas e ignorando completamente a opinião até daqueles que querem o seu bem só porque agora “você é assim mesmo e dane-se quem não gostar”.
É preciso encontrar um ponto de equilíbrio e avaliar o que é importante para você nos relacionamentos. Que tipo de pessoas você quer por perto e quais são as que não valem o seu esforço e dedicação? São essas as pessoas que devemos investir. O resto? A gente dança conforme a música.
Aceitar essas verdades nos ajuda a entender que, mesmo quando os acontecimentos fogem do nosso controle, nós podemos escolher a forma com que vamos encará-los e lidar com as consequências.
Ser feliz é uma escolha. Você já fez a sua?

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